- Quando trabalhei nos Diários Associados, na redação havia um jornalista que passou por todas as fases do jornal analógico. Por isso mesmo, acabou virando o coringa da empresa. Faltava um profissional, ele substituía, entrava alguém de férias, ele tapava o buraco na maior categoria.
- Até meados dos anos 70 a Empresa estava capengando. Passando por grandes dificuldades financeira. O astrólogo que fazia a coluna de astrologia, resolveu porque resolveu que queria ganhar mais, no caso, do jornal Diário de São Paulo que não tinha condição de banca-lo.
- A diretoria não teve dúvida e chegou para o tal do “coringa” e disse: você vai fazer a coluna de horóscopo e ele sem a mínima noção do assunto topou. Todos os dias inventava o destino das pessoas e atribuía as previsões e os conselhos e destinos, pelos 12 signos do zodíaco.
- Chegou um momento que ele não conseguia mais dar conta do recado, de tantas invencionices, diariamente! Então bolou uma situação espetacular para fazer o horóscopo, a última tarefa que tinha para dar uma tapinha no assunto, mandar para impressora e cair fora da redação.
- O danado percebeu que as pessoas só liam o seu signo e de alguém especial, e de mais ninguém. Então, vejam só, começou a fazer rodízio: mudava os textos de cada signo de um lugar para outro. O que era de escorpião, no dia era para sagitário e assim por diante. Por um certo tempo não percebiam a matreirice. Até que um dia, não tinha escapatória, começou a chegar reclamações sobre a coluna. A breve carreira, como “astrólogo” durou pouco. E, o engraçado ficou por conta de que logo que o jornal saia (com outro astrólogo), ele corria para ler o que o signo dele que era libra, reservava para o dia e para o futuro. Vá entender! Precisamos jogar as muletas fora e viver da realidade. Ah! Corra atrás de uma coluna de astrologia, mas, leia todos os signos e comece a pensar, pensar...
V. Grando - MTB - 54068
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