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Até a próxima postagem. Fui!
Ah! A procura do amor

Temos a mania de achar que
amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, na internet, nas paradas
de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está
oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas plateias dos teatros. Ele
certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas
descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível. Só o amor constrói, só o amor
salva, só o amor traz felicidade. Há quem acredite que o amor é medicamento, pelo contrário. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não
se aproxima, e caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer
ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a ideia de ser ingerido de
quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da
solidão e da falta de autoestima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer:
"Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor
apareceu." Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso
escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas. O Amor, ao
contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo. Antes de estabilizar a
carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo mundo, de gostar
da vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu surgimento, tudo o mais
dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros
setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só
então surgir, sem máscara e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar.
Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me a sair em defesa do amor: ser
feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa tão complicada. Felizes são
aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações
de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que
cometem.
Felicidade é serenidade. Não
tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O
amor é o prêmio para quem relaxa.
Era um fim de semana, o verão
bufando, pela cidade havia shows e peças teatrais e bares repletos e festas e
pré-estreias em sessões de meia-noite e gente se encontrando e motos correndo.
É tão difícil renunciar a tudo isso para permanecer no apartamento lendo,
espiando pela janela a alegria alheia. Vem para a rua você também!
Vinicius de Morais
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