Ah! Extinção dos professores
As coisas estão feias para o lado dos professores. Há quem
arrisque dizer que até 2030, os professores farão parte de acervo de museus. E,
saber que, até a pouco tempo, os professores eram homens e mulheres elegantes e
dedicados, que se expressavam sempre de maneira culta e que, muitos anos atrás,
transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se
comportar, localizar-se no mundo e na história, entre outras coisas.
Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar. Eram amados pelos alunos e
respeitadíssimos pela sociedade. Agora estão correndo o risco de desaparecer.
Isso faz parte de um plano secreto e genial que foi executado aos poucos por vilões
esquerdistas. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas
para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados.
Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados
conseguiam aprender alguma coisa. Depois se meteram com a esquerda e todo prestígio foi
diminuindo, diminuindo e agora agonizam, continuando a serem petistas –
acredito que nem todos.
Aos poucos a juventude vai se desmotivando para seguir a
carreira de professos e, até mesmo os atuais estão partindo para outros cais. Essa
debanda deve ter sido planejada por algum plano secreto e genial executado
paulatinamente, por vilões que queriam se eternizar no poder.
Depois muitos pais estimularam a falta de respeito pelos professores,
que passaram a ser vistos como empregado de seus filhos. Estes foram ensinados
a dizer eu estou pagando e você tem que me ensinar, ou para que estudar se meu
pai não estudou e ganha muito mais do que você ganha. Isso quando não iam os
próprios pais gritar com os mestres nas escolas.
Com esse golpe de mestre ajudou a multiplicação de escolas particulares,
as quais, geralmente, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do
ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores,
dizendo que eles não estavam conseguindo gerenciar a relação com o aluno. Os
professores eram vítimas da violência física, verba e moral que lhe era
destinada por pobres e ricos. Virou saco de pancada de todo mundo.
Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarram
na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer
faculdade que fosse. Ah! Eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai
fazer meu filho passar no vestibular, diziam os pais nas reuniões com as
escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos
passarem no vestibular.
Com a internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis
a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério. Em
seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram
gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão.
Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha alguém metido a
besta dizer que a culpa era do professor.
As pessoas também se tornaram descrentes da educação. Viam que os
figurões bem sucedidos eram políticos e empresários que os financiavam:
modelos, jogadores de futebol, pagodeiros, agiotas, traficantes, artistas de
novelas, enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para
sociedade.
Adaptação do texto de Carlos Anderson Nunes de Amorim
V. Grando / MTB 54 068
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