Tomada do Parque dos Lagos - Cerquilho
Até a próxima postagem. Fui!
Os homens manteúdos
pertencem a uma tradição tão antiga como a das concubinas e heteras, porém
menos comentada. Esta prática, muito mais comum do que supomos neste lado do
mundo chegou a fazer parte da cultura da Ásia, onde durante séculos as damas de
boa linhagem utilizavam jovens disfarçados sob o título de criados para
satisfazer caprichos íntimos. Mas, a partir da invenção do automóvel, o cargo
mais comum para gigolô passou a ser o motorista. Nas últimas décadas, esses
manteúdos, assim como as gueixas vêm sendo exterminados pela voragem do
capitalismo e substituídos pelos chamados profissionais independentes. Ser ir
tão longe, no século XIX o amante oficial tolerado pelo marido desde que fosse
discreto era chamado de cicisbeo na Itália. E por que não? Os
casamentos da época não eram arroubos românticos, mas arranjos econômicos
social. O amor não fazia parte do acordo.
Casamo-nos para odiar. Por isso é
preciso que um verdadeiro amante nunca fale de casamento, porque ser amante é
querer ser amado e querer ser marido é querer ser odiado, escreveu em pleno
século XVII Madeleine de Scudéry. Se os maridos tinham amantes – maîtresse na
França – e muitos tinham uma coleção de filhos ilegítimos era justo que as
mulheres pudessem buscar amor em outros braços.
V. Grando
MTB 54068
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