Gente descolada daqui, dali e de acolá:



Início da decoração de rua para a passagem da procissão de Corpus Christi, em Cerquilho















































Estação Cultura, (prédio recuperado) antiga COBRASIL, da Estrada de Ferro Sorocabana, hoje América Latina Logística

Até a próxima postagem. Fui!

Ataque nostálgico

O tempo não para. Corre. Quando nos damos conta, o presente já ficou no passado (pronto, já passou!). Os anos passam e os momentos da infância, do tempo que eramos criança e que tudo parecia mais fácil, ficam apenas na memória. E, para recordar, nada melhor do que lembrar cenas vividas da época das famílias numerosas em que os pais cobravam da filharada tarefas que  nos fazia bronqueados, mas, fazia. Pois bem, vamos lá, matar a saudade é sempre bom: Para começar somente quem usou uniforme azul-e-branco com listinha no bolso indicando em que ano estava na escola foi até o armazém marcar na caderneta à mão e a lápis pediu:
2 barras de sabão em pedra, 1 caixa de anil, 1 palha de aço, 1 saquinho de Bombril, 1 lata de Parquetina, Pinho sol, latinha de neocide, garrafa de álcool, caixa de fósforos, pacote de vela, lampião, lamparina, querosene,..
Duvido que alguém com as canelas machucadas que não foi “medicado” e amarrado com pano branco alvejado.
Quem é que não subiu e desceu barranco para ver o trem passar.
Quem é que não tem saudade do circo Robatinni, do Piranha, do globo-da-morte, trapezistas, malabaristas, mágicos, palhaços, cachorros de sainha, da peça de teatro “Coração Materno” (quantas lágrimas).
Bem... Quem não mergulhou no riacho para passar debaixo das pernas dos outros só pra fazer borbulha, arrebentou cupim para ver o que tinha dentro, matou passarinho e coelho com estilingue (hoje, nem pensar!), quem não foi picado por abelha e ficou com a cara inchada, teve sarampo, catapora, caxumba, pegou sarna, correu de boi brabo, contou estrelas e ficou com verrugas nos dedos, se pendurou em carroceria de caminhão, fumou cigarro de chuchu, apanhou bicho de pé, armou arapuca no mato, jogou futebol com bola de meia, que não mordeu a hóstia com medo de sair sangue da boca, fez flautinha de bambu, quem nunca contou debaixo d’água para ver por quanto tempo aguentava sem respirar, Quem é que não subiu e desceu barranco para ver o trem passar, quem não colocou o ouvido no trilho para ouvir o ruído das rodas, quem não fez banana,  mostrou a língua e fez careta para os passageiros, não chupou bala de banana, jogou bolinha de gude, rodou pião na fieira...
Um pouco mais para frente. Em meados de 70 até 80 e pouco, não era nada difícil ver bandos, logo após a chuva sair pelos pastos à procura de cogumelos florescendo em merda de vaca para preparar a cabocla infusão alucinógena.
 Bem, vamos parando por aqui, as lembranças machucam e os olhos vão marejando, marejando...

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