Até de repente. Fui!
E
o passarinho voou… Fazemos qualquer coisa por um filho. Mas precisamos entender
que foram feitos para o mundo. São nossos por um período. Depois precisam
seguir o caminho que escolherem. A gente vai deixar de ser mãe ou pai por causa
disso? Claro que não! Mas tem que se adaptar a essa nova realidade.
Quando
o sofrimento pela saída de um filho de casa ganha espaço, entra a Síndrome do
Ninho Vazio. “Ela atinge mais as mães, por serem mais acolhedoras e passarem
mais tempo com os filhos. A sensação é de que ela não tem mais utilidade, perde
o chão. Vai fazer o que? Com quem vai brigar? Precisa preparar o jantar para
quem? Muitas ficam até deprimidas”, explica a psicopedagoga Ana Maria Ierizzi.
Seu
passarinho querido voou. E você até sabia e torcia para isso acontecer. Agora
precisa aprender a viver sem ele na barra da sua saia. Como? Voltando no tempo
e lembrando de tudo o que gostava de fazer. “As mães esquecem delas por muito
tempo. Vivem reclamando que não têm tempo de ir ao cinema, fazer cursos, dormir
até mais tarde. Quando, finalmente, podem fazer isso, ficam paralisadas pelo
sofrimento da perda”.
O
mais importante não é ver o filho feliz? Então, deixe-o voar e sempre fique
ali, pra qualquer necessidade. Só não esqueça de resgatar o que gostava de
fazer e nunca conseguia. “Voluntariado é uma opção para usar toda essa
necessidade de fazer o bem, de cuidar. Escolha uma área e ajude alguma
entidade, por exemplo,” ressalta Ana Maria.
Outra
dica é ter um pet como companhia. “Quem não tem, vai adorar um animalzinho para
cuidar e se preocupar. É uma maneira de aliviar este sofrimento até que você se
acostume com a nova fase”. Praticar exercícios e participar de grupos de
interesse em comum também são ótimas opções para você não se sentir tão
abandonada.
Não
esqueça que o filho sempre será seu. Mas o caminho dele é único. E deve ser
trilhado somente por ele.
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