Minha sobrinha neta Thais e os gênios - sobrinhos bisnetos Valentina e Luiz Henrique.
Até a próxima postagem. Fui!
Ah!
O M E U S Í T I O
O meu sítio fica
Na encosta de um morro
Não vejo a nascente,
Mas o poente é deslumbrante!
São nuances de cores quentes...
Pintando telas surpreendentes!
Se tudo isso não bastasse
O espaço ainda é cortado
Por pássaros que voam como lança
Às vezes pura elegância
Em outras graciosos, sinuosos.
Às vezes sinistros...
Em outros brincantes...
O matagal
Ainda é espesso...
Do pomar
E do roçado
O perfume
Exala inebriante!
A erosão por aqui não chegou
A água do riacho ainda
Despenca das pedras
Pra depois serpentear serena,
E serpentear transparente... Limpinha...
E rasinho que até as formiguinhas
Atravessam água pelas canelas.
Pra que automóvel?
Nem pensar ir à cidade
Fazer compras na feira
Para o gasto tenho
De tudo um pouco
Na panela borbulham sabores
E os derivados do leite
Engordam gulas na prateleira.
A varanda meio rústica
Foi acontecendo...
Uma estaca aqui...
Outra acolá...
Onde os bambus
Envergados se entrelaçam
Ajeitando escadas
Pras trepadeiras:
São primaveras,
Madressilvas,
Glicínias e
Jasmins...
Do cio... quantas pencas!
Onde pétalas bailarinas
Vão se ajeitando
Como almofadas na relva...
Quantos florais,
Uma beleza!
Da espreguiçadeira se espia!
O meu paraíso fica logo ali,
Bem pertinho da cidade
Asfalto quase na porteira
Divisa?
Arame farpado
Colocando limite
Pra a criação pastar alheia
Sem dar trela
Pra barulheira
Incessante feita
Onde mora muita gente!
Pois não há de ver
Que ainda tem gente
Que me chateia
Com o pastoreio acontecendo
Na fuça do cidadão
Coisa mais sem eira nem beira...
Que atrapalhação!
Será que o urbano
Misturou-se ao rural?
Não “guento” o cheiro, diz um
Onde já se viu,
Que desrespeito! diz outro
E eu, cá com meus botões penso:
Quanto desaforo!
Ô capitalismo selvagem!
Muito pelo contrário...
Que culpa tenho eu
Se foi a cidade
Que invadiu meu sítio?
V. Grando
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