O Risco da crendice
“A maior parte das
pessoas pensa que acreditar em espíritos ou telepatia é inofensivo. Não é. Por
razão muito simples: quem acredita em coisas para as quais não existe nenhuma
evidência pode acreditar em
tudo. Da mesma forma que o consumo de maconha pode levar à
heroína, crenças simplórias em fantasmas e discos voadores podem levar a outras
mais perigosas”.
“A
melhor forma de enfrentar a morte é encará-la de cabeça erguida. A morte é
parte da vida, e fingir que um morto pode falar por intermédio de pessoas que
cobram pelo serviço é insulto à inteligência dos vivos”
“Os
índios acham que o mundo está repleto de espíritos que ajuda a ajeitar o caos.
É claro que os brasileiros não levam a sério o animismo ianomâni. As crenças
dos povos primitivos têm tanta base científica quanto as bobagens do feng
shui”. (Feng shui é a doutrina chinesa
que propõe o uso da decoração e da arquitetura para equilibrar a energia das
pessoas).
“Todos
se lembram dos famosos biorritimos, aquela história de que é possível usar os
ciclos do corpo que se repetem em ritmos regulares para traçar previsões sobre
a carreira, a vida amorosa e o futuro financeiro de uma pessoa. Muita gente
ganhou fortunas com isso e hoje ninguém mais toca no assunto. Outra bobagem foi
o Triângulo das Bermudas. Diziam que era lugar onde navios e aviões
desapareciam misteriosamente. Há ainda o poder das pirâmides, que se acreditava
capaz de conservar comida, afiar faca e até aumentar a potência sexual. É
bobagem pura, que ninguém mais leva em consideração. Há
também as cirurgias psíquicas nas Filipinas e na América do Sul, mas já são
menos frequentes. Foram desmoralizados depois que mágicos demonstraram a
facilidade com que se produzem os truques ditos paranormais”.
Michael
Shermer é diretor de Ong americana que combate as superstições, crendices e
mitos.
Caros amigos, obrigado, mil vezes obrigado por fazer este blog acontecer. Fui!
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