7 de abril - Dia do jornalista



Uma homenagem ao "Dia do Jornalista"


Hoje, dia 7 de abril é dia do jornalista.
Jornalismo é uma dádiva. Não se trata apenas de uma profissão conquistada com um diploma. É um dom, um Karma, que a pessoa abraça e a cada dia o agarra ainda mais forte, num impulso de tesão e paixão. Ser jornalista é um estado de espírito, é um prazer em poder divulgar a notícia, correr atrás do fato. É encarar plantões com o mesmo tesão de uma segunda, terça, quarta ou quinta-feira, seja num dia de sol, de neblina, de chuva. Jornalista é ser um profissional da ética, da palavra, da oratória, cada um na sua praia.
Jornalismo é isso. É ser editor, repórter, fechador, enfim, é o “cara da notícia”.
Eu optei pelo jornalismo aos 12 anos. Pelo menos, eu me lembro a partir dai ter feito esta escolha e ter confidenciado a minha mãe a paixão pela profissão. Um dia, ouvi na faculdade o professor me falar, num “incentivo” pra lá de negativo, que eu escolhera trabalhar muito e ganhar pouco. No entanto, mal sabia ele o tesão que o jornalismo me daria a cada dia. A cada manhã em que abro o jornal e vejo meu trabalho ali, estampado na página do jornal, em que estou há 12 anos.
Parece ontem que iniciei na “feia” redação do ex-DIPO como um estagiário, cheio de vergonha e insegurança. Ser jornalista é um estado de espírito.
Eu nasci para ler, escrever, entrevistar. Eu nasci com o jornalismo nas veias. Hoje, sou um cara realizado profissionalmente. Acho que o professor tinha razão quanto ao trabalhar muito e ganhar pouco, pode ser… Mas, não me arrependo, nunca.
Sempre que posso enalteço a classe, muito desprezada num país onde a democracia muitas vezes parece mais uma história de faz de conta. Mas, faz parte. O tesão pelo jornalismo é maior. E a ética também. Hoje é dia do jornalista. É o meu dia, o seu dia, que assim como eu, escolheu também essa profissão de desafio e de muita dignidade.
Quando entrei pela primeira vez numa redação tinha 24 anos. Foi na CBN, já que meu sonho era trabalhar em rádio. Havia acabado de deixar a empresa em que trabalhava motivado pelo sonho da notícia. Joguei literalmente tudo para o alto. Salário, estabilidade… na busca pelo meu sonho. Hoje eu sei que valeu a pena. E não me arrependo. Ouvi muitos “xingamentos”, já que o dinheiro no bolso é, para muitos, motivo de orgulho e de paz de espírito. Mas, para mim não. A realização pessoal valia muito mais a pena. O futuro me mostrou que eu estava certo. E como estava. Aqui, meu obrigado ao meu pressentimento!
Depois de seis meses de rádio, passei para o jornal. Dei as costas ao sonho do microfone e empunhei o bloco e o gravador no bolso direito. Parti para a felicidade plena. Escrevi muito, mas muito mesmo. Política, Internacional, Caderno de Automóveis, Revista, Esportes, Geral… Passei por inúmeras editorias, topei com vários chefes e com excelentes jornalistas. Gente de verdade. Decepções aconteceram, é claro, mas a felicidade esteve sempre ao meu lado. Meu Santo é forte. Hoje, são 12 anos de jornal bem vividos, bem trabalhados.
Quero neste texto homenagear nós, jornalistas, e todos aqueles que compartilham com a gente o tesão de uma boa matéria, de um furo bem dado, de uma informação bem vasculhada. Hoje é dia do jornalista. O meu dia, o seu dia, o dia da notícia.
Neste dia eu faço uma homenagem acima de tudo ao Fábio Salgueiro, jornalista, pisciano, amante da profissão e da cor azul. E a todos aqueles que estiveram comigo nesta árdua caminhada, mas cheia de alegrias e emoção.
Um brinde a nós, ou uma salva de palmas, como queiram. Nós, jornalistas, merecemos. E como merecemos… Só quem é sabe do que estou falando.
Fábio Salgueiro
Jornalista Diplomado
MTB. 29188

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