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TEMAS SOBRE O TEATRO

OS DEZ PECADOS NO TEATRO INFANTIL
Excesso de intenções didáticas: é aquele texto muito explicadinho que subestima a capacidade da criança de compreender sugestões, simbologias. A arte deve fazer pensar não facilita nada em nome do sucesso de mercado ou senso comum.
Uso do humor fácil e grosseiro: Fazer rir é fundamental, mas usar bordões televisivos resulta numa falsa empatia. É um recurso muito pobre.
Excesso de efeitos multimídia: A linguagem do videoclipe, a rapidez da Internet. A linguagem é coerente como o universo do jovem, mas abusar disso é lamentável e só afasta a carpintaria teatral.
Obsessão pela lição de moral: Teatro infantil pode e deve querer apenas ser arte ou divertir. É mais honesto tentar contar livremente uma história e deixar que a criança a vivencie por si mesmo.
O lobo mau ficou bonzinho: Os contos de fada nasceram cruéis. Seu poder transformador, sua capacidade de fazer amadurecer foram minados pelo final feliz dos estúdios de Hollywood e Walt Disney. O teatro que só os reproduz é pobre e oportunista.
Participação forçada da platéia: Para interagir a criança não tem que berrar, sapatear. A participação forçada pode ser dispensada por um bom texto ou ser usada apenas de forma inteligente.
Rótulos: Acomodar a arte em gêneros estabelecidos é limitador. Um autor ganha muito se escrever sem esse tipo de preocupação e quiser atingir a todos. Teatro infantil é, antes de tudo, teatro, classificado só como de boa ou má qualidade.
Síndrome do nariz de palhaço: Não basta uma bola vermelha no nariz. A linguagem do clown, como todos os espetáculos de bonecos é fácil e deve ser trabalhada com rigor.
Desleixo nos diálogos: Peça infantil com diálogos descuidados, frases mal construídas e idéias truncadas é mau teatro. Dramaturgia é antes de tudo literatura e, por isso, deve haver compromisso com a profundidade e criatividade do texto.
Sorteio: Realizar sorteios de produtos é um desvirtuamento da função do teatro, um mercantilismo desnecessário. O patrocinador tem de ter sensibilidade para entender que teatro não é programa de auditório.

Fonte: Do livro Pecinha é a Vovozinha (Editora DBA, 2003) de Dib Carneiro Neto. 

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