Refugiado Sírio


Brasileiros conectados ajudam refugiado Sírio.

talal
Uma daquelas histórias que nos emociona duas vezes. A primeira por ver o sonho de uma pessoa se realizando, a segunda por acalentar o coração de todos nós que sofremos, juntos com os sírios, ao acompanharmos as notícias sobre a guerra e suas mazelas.
Uma história cheia de brilho e de emoção que nos faz pensar como a vida pode ser boa e calorosa. Nos faz acreditar que juntos podemos construir caminhos ao invés de destruí-los, nos mostra que há esperança quando vivemos conectados uns aos outros. Pessoas de bem resolvem dar nova cor a uma história que poderia ter sido trágica.
“Aqui no Brasil as pessoas são muito boas. Me ajudam muito” – palavras do Talal Al-tinawi, engenheiro mecânico, sírio, que veio ao Brasil com sua família para fugir dos horrores da guerra na cidade que morava em Damasco, capital da Síria.“Damasco ainda é segura, se comparar com ouras cidades sírias. Lá só explodem 25 ou 30 bombas por dia. É pouco”. Declara para reportagem da Folha.
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Talal não tinha o costume de cozinhar, tarefa que era de sua esposa na Síria, mas como ainda não pode regularizar seu diploma de engenheiro, aqui no Brasil, ele resolveu inovar. Percebeu o gosto do brasileiro pela culinária Árabe e decidiu trabalhar preparando pratos e vendendo por encomendas ou em barracas na rua. O primeiro salto de oportunidade foi quando, com a ajuda de colegas brasileiros, criou uma página no Facebook para oferecer suas encomendas. A página fez sucesso e atraiu a atenção para sua história.
O segundo grande salto foi quando teve a ideia de criar um financiamento coletivo para abrir um restaurante. A ideia inicial era levantar 60 mil reais e montar um local mais adequado para preparar os alimentos e atender o público. Surpreso, arrecadou mais de 70 mil reais e vai conseguir realizar seu sonho já no mês de Outubro de 2015.
Os doadores escolherão entre benefícios como: comer uma vez por semana de graça na casa, levar até três amigos para fazer um encontro na casa, fazer festa para o limite de oito pessoas uma vez por mês e descontos progressivos dependendo do valor das doações.
A vida de Talal no Brasil é simples, ele mora em um apartamento de 2 quartos com sua mulher e seus três filhos em São Paulo desde 2013. Tem seus limites mas é melhor do que a de muitos dos seus conterrâneos. “É uma pena o que está acontecendo na Síria. Antes da guerra , lá era o melhor país do mundo. Mas só voltarei ao meu país a passeio. Não que não goste de Damasco, mas já tive que começar a vida do zero três vezes. Não posso passar por isso mais uma vez.”
Talal também recebe muitas mensagens no Facebook e ligações no Whatsapp de pessoas querendo ajudar outros migrantes sírios, ele recebe as doações e auxilia como mediador nas entregas, divulga e seus conterrâneos buscam as doações na casa dele. Ele e a família distribuem tudo que é doado.
“Que tal servir auxílio e acolhimento?” Irlei Hammes Wiesel

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