Rotatória sob a ferrovia América Latina Logística, bem no centro da cidade.
Até a próxima postagem. Fui!
A ditadura militar a censura à imprensa gerou diferentes reações.
Jornais e revistas quando tinham suas matérias censuradas, deixavam longos
espaços em branco, publicavam receitas culinárias indecifráveis, ou recorriam à
poesia de Camões no lugar das matérias vetadas.
A MPB teve várias canções censuradas, com “Cálice” (Chico Buarque – Gilberto
Gil), “Apesar de Você” (Chico Buarque) ou “Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores”
(Geraldo Vandré). Capas de discos foram censuradas, como a do álbum “Índia”, de Gal Costa, de 1973, em
que a cantora trazia um close frontal de tanga minúscula. A censura ao corpo do
cantor Ney Matogrosso, que na época fazia parte da banda “Secos & Molhados” (1973),
apresentando-se sem camisa. Como consequência, a televisão só podia focalizar o
seu rosto, ou o corpo ao longe, sem close.
O cinema foi um dos veículos de comunicação mais
prejudicado pela censura da ditadura militar. Filmes como “Emmanuelle” (1974), com Sylvia
Kristel, “O Último Tango Em Paris”
(1972), com Marlon Brando, só foram exibidos em 1980, quando a ditadura militar
proporcionou uma abertura e liberou certas obras censuradas. Mas o filme “Pra Frente Brasil”, de 1982, que
falava da tortura no regime militar, não escapou à tesoura da censura.
A censura não poupou a telenovela, que se tornou
o principal produto de consumo do telespectador brasileiro. Autores como Dias
Gomes, Janete Clair, Lauro César Muniz e Mário Prata, tiveram seus textos
destruídos pelos censores, que se encarregavam de verificar se o que se ia ao
ar estava de acordo com as regras do regime militar e com os seus valores
morais...
Fica difícil entender, como é que pode uma pessoa bem
informada ou que viveu naquela época pedir encarecidamente a volta desse regime
que “castrou” a criatividade brasileira. Apesar dos pesares, bem melhor a
democracia. Liberdade liberdade abra as asas sobre nós.
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