Respingos



  Tudo passa tudo se renova, jamais podemos abrir mão de regras sólidas de educação. É de ficar boquiaberto ao ver pessoas furando fila descaradamente. Não respondem a um “boa tarde”. É de ficar estupefato quando você está conversando com alguém e o celular toca, digamos, em plena rua e ela inicia um longo papo deixando-o  à margem com cara de paisagem. Isso é uma tremenda falta de consideração. Fala, fala, fala. Cospem no chão. Assoam o nariz com as mãos. Em plena degustação há quem cutuque o nariz com os dedos. E, há aqueles que papo rola em volta de uma mesa. Daí chega o inconveniente, senta-se na mesa e desfia sua própria biografia sem pausa, nem para respirar e depois de comer e beber o que tem na mesa parte sem dizer adeus.
Em tempos passados, não tão remotos assim, quem vivia no interior era comum a figura da tia. Solteirona, sem alternativas, sem profissão elas se dedicavam ao trabalho da costura, bordados, a fazer balas de coco dentre outros trabalhos domésticos. Pois é. A antiga mulher que ficou para titia transformou-se em mulher independente e não é vista mais como uma fracassada porque não arrumou marido. Hoje há mulheres que fazem questão em não se casar. Preferem viajar, dançar, frequentar bons restaurantes, usar roupas de grife, coisas e tal. Não têm vocação para lavar cuecas. E, convenhamos, sorte dos pais que têm uma filha que não se casou, na velhice, vai seu uma garantia de que vai ter alguém que corte as unhas dos seus pés. A solteirona do passado quase não existe mais. Tudo foi reciclado. Marido para elas deixou de seu um artigo de primeira necessidade.  Mulherada divirtam-se. Formem grupos de “luluzinhas” em bares da sua cidade.

Ah! O álcool enquanto degustamos é um agente de euforia. Entretanto, depois, no outro dia nos faz depressivo. Infelizmente, todas as drogas não passam de modificadores de personalidade - para pior.  

Até a próxima postagem. Fui!
 

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