POMBO-CORREiO DO AMOR
Mulheres atentem a essa receitinha que vai enfeitiçar o seu pretendente e é
“facílima” de fazer. Caso ele deguste-a não vai dar outra: você não vai ter
concorrência pelo resto da vida. Ajeite o avental e mãos à obra!
Pegue dois pombos-correio e torça seu pescoço sem compaixão.
Antes que fiquem rígidos e você sinta problemas de consciência, coloque-os em
água fervente por três minutos, retire-os e, ainda quentes arranque as penas. Passe
para a chama do gás para queimar as peninhas que tenham grudadas. Corte as
patas, a cabeça e tire as vísceras com um corte na barriga. Tempere-os com
manteiga, limão, e pimenta abundante e deixe que repousem o justo sono dos
mortos por vinte e quatro horas. Espete um cravo e um dente de alho e este
dentro de uma cebola nova que por sua vez deverá ser enrolada em uma tira de
toucinho. (Repita a operação por eu
vai precisar de dois recheios) Introduza as cebolas assim preparadas dentro das
aves e feche a abertura com um palito. Verta em cima uma taça de bom conhaque
(quente) e flambe. Quando a chama apagar cozinhe os pombos por meia hora no
forno quente borrifando-os com licor e manteiga derretida à vontade. Sirva com
batatas doces e cenouras gratinadas e, naturalmente, acompanhadas de um bom
vinho branco.
Sugiro que compre
suas aves mortas e depenadas. Há muitos anos havia um galinheiro no fundo do
pátio da casa de meu avô, ideia excêntrica que não recomendo. Depois que a
antiga cozinheira encarregada de alimentar e matar as aves desapareceu, estas
morreram de velhas porque ninguém a cruel responsabilidade de cozinhar seres
com os quais se tinha relação pessoal... Fonte: “Afrodite” escrito pela chilena
Isabel Allende.
Até a próxima postagem. Fui!
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