Respingos - diversificado





Ortorexia - Essa palavra ainda não dicionarizada, mas a experiência sopra que alguma multinacional já está desenvolvendo um medicamento poderoso para combater o novo mal a se vendido com tarja preta, ao custo de uma fortuna. Em breve teremos nos meios de comunicação tocantes depoimentos de doentes que conseguiram recuperar-se a tempo de refazer suas vidas destroçadas.

A ortorexia é a preocupação mórbida e obsessiva com o que a vítima come. Isso se dá em relação ao tipo de comida, seu preparo, sua origem, sua qualidade e, enfim tudo o que tenha a ver com a alimentação. Em casos extremos, o paciente não faz mais nada na vida, além de procurar informações sobre alimentos na internet, retirar-se do recinto caso alguém coma açúcar em sua presença, ir quitandas a distantes para comprar produtos naturais e conferir o relógio o tempo todo, para ver se não está na hora de cumprir algum dever alimentar, em cujo rol também se inclui beber água com o Ph adequado de tantas e tantas horas, até se atingir o mínimo de 8 copos por dia.





Sei não. Do jeito que a ciência, nutricionistas e vigilantes sanitários vêm compulsivamente nos desencorajando a se alimentar, inclusive naturalmente, em breve estaremos fadados a comer ração. Ovo não pode. Caféleitepãocom manteiga, não pode. Gordura não pode. Frutas e verduras não pode – contêm agrotóxicos. Cáspite, se isso acontecer, ao chegar um inquisidor perto de mim e eu focinhado na vasilhinha do cachorro vou avançar neles à dentada reduzindo-os a picadinho.   



Eu, pelo menos, nunca engoli com facilidade o horário de verão. Onde é que já se viu economizar energia, bem no período das chuvas, quando os rios e represas estão bufando levando barragens, causando transtornos. Não sou especialista sobre o assunto, mas, gostaria de saber o porquê de não economizar energia na época da estiagem, onde tudo é cinza e, tristemente seco. Em minha opinião ao invés de “horário de verão” deveria ser “horário de inverno”....         



“Galera” tornou-se uma palavra insuportavelmente repetida, com a intenção de buscar intimidade em programa de auditório como o da Luciana Gimenez, do Huck, da Eliana, do Liberato e do exagerado Faustão, nas festas de peão de boiadeiro...



 Certa ocasião enquanto, o “orra meu” estava com o microfone, durante a Dança dos Famosos tive a pachorra de me posicionar com  caneta e papel nas mãos, na frente da TV para marcar como se fosse cerveja (em bar) quantas vezes o homem falou “galera”: 37 vezes!!!



Apresentadores e animadores evitem a todo custo, em platéias mais elegantes chamá-los de “galera”, muito menos querer ganhar a simpatia insitando-os a se manifestar como galera da esquerda, da direita, do centro. Ou então, pior ainda: quem é do Corinthians levante as mãos; quem o do Palmeiras levante as mãos... Nada mais fora de hora.  



Ah! Porta. Dê um toque antes. Não entre sem bater. Você poderá surpreender quem está distraído ou então presenciar coisas que jamais queria ter visto.


V.G. 
Ah! A maturidade do homem é voltada a encontrar a serenidade como aquela que se usufruía quando se era menino. 

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