Em 2020 o Brasil poderá chegar a 5ª maior economia do mundo.
Para continuar crescendo é preciso de mais gente produzindo eficazmente.
Mestres-de-obras
estão reclamando da falta de pedreiro. Os melhores são absorvidos pela construção
de prédios sofisticados. Tanto é que caso queira reformar a sua residência,
fazer calçada, retocar uma parede, um muro, geralmente vai ter que lidar com
profissionais irregulares e menos competentes. São os percalços do crescimento
econômico. Pode-se dizer que o mesmo vem acontecendo com marceneiros,
eletricistas, encanadores... .
Li que o
problema da escassez de prestação de
serviço começa na escola. Não damos a importância que deveríamos dar às
matérias exatas. E o resultado é um desinteresse maciço por elas. Mais da
metade das 402 disciplinas universitárias estão ligadas a engenharia e a outras
áreas de exatas. Mas só 1 em cada 5 alunos do ensino superior está cursando
algumas delas. Existem mais estudantes de música (5,6 mil) que de engenharia
macatrônica (4,5 mil). Jornalismo goleia
engenharia civil por 178 mil a 50 mil. Psicologia 117 mil x 41 engenharia
elétrica. Resultado: o Brasil tem hoje 6 engenheiros para cada 1000
trabalhadores. Os EUA, 25.
Nem todos universitários têm um perfil exatamente
universitário. Dois terços dos estudantes das classes C (com renda familiar de
R$2 mil a R$5 mil) têm entre 26
a 45 anos. É gente que trabalha desde sempre e escolhe o
que vai estudar com um olho no mercado de trabalho e outro também. Nisso a
preferência tende a ser por curso onde faltam profissionais, justamente os mais
técnicos. Enquanto a classe A e B tendem mais para humanas, a C quer exatas.
Claro que a
mistura de oportunidades reais com
uma nova classe média a fim de pagar caro por elas é um terreno fértil. Fértil
para faculdades mequetrefes que visam mais a mensalidade do aluno que o ensino.
Cabe, então, ao governo garantir educação que preste – tirando da jogada as
instituições que só fingem que ensinam. Porque fingir que o país vai continuar
crescendo de um jeito ou de outro não vai dar. Crescer para fazer bonito não
adianta nada. Temos que crescer com qualidade. Não é mesmo governantes?
Obrigado, mil vezes obrigado, por fazer o meu blog acontecer. Fui!
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