Moradores de Rua
Aos
poucos a quantidade de moradores de rua vem aumentando em Cerquilho. Passar
pela Praça da Matriz tornou-se um dilema. Ninguém a atravessa sem abordagem,
muitas vezes, desagradáveis. Sem contar o mau cheiro que deixam, o excesso de
bebida consumida, da comercialização de artesanato de gosto duvidoso, da
perturbação em estabelecimentos comerciais... São atitudes que ninguém gosta.
Mas,
muitas vezes, nos concentramos no que está demais e esquecemos de perceber o que
há de menos. No caso dos moradores de rua, fica claro constatar que falta
muito: falta triagem bem feita que determinam quantos eles são, de onde vem,
por que estão ali e para onde gostariam de ir - será que todos que ali estão
querem ficar na rua? Falta acolhimento: será que se tivermos abrigos que
ofereçam atividades interessantes, promovam ações que possibilitem a volta
dessas pessoas a uma atuação decente na sociedade, tantos ficariam nas ruas?
Falta também encaminhamento para locais adequados.
Eles
(moradores de rua) estão sempre ali; então, como pensar que pode ser diferente?
Essa acomodação não deve acontecer. Não podemos achar normal ver pessoas
vivendo em condições tão precárias. Não podemos passar ao lado e fingir que não
estamos vendo.
É
necessário programar ações, de forma urgente e séria. A cada pessoa que chega à
rua seria preciso ação emergencial, para que ela não caia nos vícios que
devoram, puxando para um buraco sem fim.
Temos
também que fazer a nossa parte: dar dinheiro, comida, abrigo não é solução.
Pode ser uma ação emergencial, mas é preciso encaminhar a pessoa que está
naquela situação de calamidade. Virar a cara também não adianta.
Só
poderemos mudar esse cenário quando tiver mudança de foco. O cheiro, a bagunça
e a bebedeira não podem ser os principais incômodos. O que deveria nos
incomodar mais é ver que existem seres humanos vivendo nessas condições.
Até a próxima postagem. Fui!
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