Tudo tem o tempo certo

Tudo tem o tempo certo
Nos dias de hoje é comum estimular crianças para comportamentos adultos, roupas, atividades, cuidado com a beleza, mas existem características infantis próprias do desenvolvimento que acabam emboladas nessa roda viva e repercutem de modo negativo na vida deles.
É papel dos pais separar o que é do mundo adulto do universo infantil, e não misturar tudo como estamos vendo.
As famílias se divertem ao contar as crianças falarem de seus namorinhos, dos beijinhos, bilhetinhos de amor confesso a conta de escrever sobre isso surgiu assistindo brincadeiras de correio elegante em festejos juninos de escolares.
Pais estimulam o filho que imaginam será um grande pegador, mães supervalorizam suspiros infantis numa verdadeira reprise do que vêm em novelas ou filmes, e o que fica nessa cabecinha imatura aparentemente inocente diante de brincadeiras e estímulos que não estão prontas para atender na sua totalidade.
Não é à toa que cada vez mais cedo, meninos e meninas com 12 anos ou menos “ficam” com os coleguinhas da escola e vizinhos como se fossem adolescentes. E mães de crianças com cinco anos levam um susto quando pegam as filhas beijando uma amiguinha na boca durante brincadeira quando as bonecas Barbie namorando já não é suficiente.
Essa erotização precoce acaba afastando a criança daquilo que é próprio de idade tirando o foco de coisas mais importantes para essa época como, por exemplo, da aprendizagem escolar. Acriança em desenvolvimento deve ter sua sexualidade latente, mas adormecida, não tendo o seu próprio corpo como foco para que assim possa enxergar o mundo e seu envolvimento com ele.
As crianças são muito suscetíveis ao prazer de seus pais e se percebem que a mãe ou o pai aprovam sua conduta, mesmo que não o digam potencializam essas práticas.
Para a professora Walkiria Grant do Instituto de Psicologia da USP, o namoro é a vivência da sexualidade, da atração de um corpo pelo outro e definitivamente isso não é coisa de criança.
É compreensível quando ela diz que essa tendência de erotizar e estimular a sedução nas crianças são conseqüências da vida sexual esvaziada e desprazerosa dos pais, e quanto mais insatisfatória essa vivência mais e mais se envolvem no seu projeto particular de tornar seus filho ou filha na última bolacha do pacote, aquela que todo mundo quer, os pais são o grande nó ou impedem ou facilitam essa experiência erótica antes do tempo. É por essas e outras questões que vale a pena repetir que o limite é dado amorosamente dentro de casa assim o momento certo de beijar e namorar será a conseqüência natural do desenvolvimento biopsiscosexual. Via internet de Santos.
Olá gente querida. Ótimo feriado para todos. Até a próxima postagem. Fui!

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