Peru



     
Peru de Natal – duas versões:
Conforme consta na literatura há centenas de anos, os europeus deixavam a porta de sua casa aberta no dia de Natal para que os peregrinos e viajantes entrassem e, junto com a família, confraternizassem nesse dia. Daí o porquê de o Natal ser uma data festiva entre amigos e familiares. E o prato mais clássico servido nessa ocasião é o peru. O consumo dessa ave se originou nos EUA. Lá, o peru é um prato tradicionalmente servido no Dia de Ação de Graças, uma data muito importante para os americanos, e essa tradição veio para o Brasil. Os índios americanos já criavam perus antes de ocorrer a colonização inglesa. Durante a colonização, os índios serviram peru para comemorar a primeira grande colheita, e assim surgiu o hábito de consumir peru para celebrar datas importantes.
O peru natalino é uma tradição dos Estados Unidos, onde a ave também aparece com destaque durante o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving). O costume de servir peru em ocasiões especiais começou numa época em que não havia carne à venda no mercado e as vacas eram muito mais úteis vivas, trabalhando na agricultura e produzindo leite, do que mortas. A carne do peru era macia e suculenta, barata e suficiente para alimentar grandes famílias, muito comuns naquela época. Assim, os perus se tornaram um prato nobre e ao mesmo tempo acessível, já que comê-lo não representava grandes prejuízos para as famílias que viviam no campo. A tradição de servir o peru assado foi depois exportada para a Inglaterra e para o resto do mundo.

peru
Há quem diga que Natal não é Natal se não tiver peru, e em muitos casos há quem goste do sabor da ave, mas não gosta por achar a carne seca demais. O mesmo é dito sobre o pernil.
É pura questão de matemática, quanto mais tempo fica no forno mais seco fica o assado, e isso não é exclusividade do peru ou pernil, vale pra pães, bolos, tortas, enfim, tudo o que vá ser feito no forno.
Quando o peru avisa que está pronto, o que se faz? Retira-se o papel alumínio e deixa no forno mais um tempo, para que possa dourar, fica realmente muito mais bonito, mas resseca também; se não bastasse isso, o coitado ainda é assado durante o dia para que na hora só precise esquentar e secar mais um pouquinho. 

Duas sugestões para quem gosta do peru. A primeira é colocar sobre o peito várias fatias de bacon fatiado, desde o começo do processo no forno. A segunda é colocar algumas pelotas de manteiga ou margarina entre a pele e a carne do peito.
Nos dois casos o efeito será o mesmo, a gordura derreterá e penetrará na carne, e fará com que fique mais úmida.
Vai uma terceira dica se precisar esquentar as sobras, no dia seguinte, borrife um pouco de água sobre a carne e não se esqueça de colocar o papel alumínio para evitar que mais uma vez resseque.

Nas Coocerqui de Cerquilho, Boituva e Tietê você encontra diversas marcas de perus embalados prontinhos para serem usados na receita acima. Boa dica, né?
Até a próxima postagem. Fui! 
Ah! Que fique bem claro. Esse negócio de falar que comer peru no final do ano da azar não passa de invencionice popular. Coisa mais sem sentido! Bípedes e quadrúpedes, todos ciscam - pra traz, somente o homem - chuta. Qual será o motivo do peru sere o único a ser rejeitado? Aí tem coisa... Gente limpe bobagens da cabeça e saboeiem no Natal (ou em qualquer dia do ano) um belo peru acompanhado de um bom vinho. Bom apetite!!! 

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