A Nação Corinthiana

A NAÇÃO CORINTIANA

Este blogueiro (que é palmeirense) rende homenagens à fiel torcida corintiana pelo pentacampeonato ganho (ontem) no Campeonato
Brasileiro 2011e pelos de 1990. 1998, 1999, 2005 e 2011.  

O ano de 1910 começou mal. Anunciava-se que o mundo iria se acabar: a Terra iria atravessar a cauda incandescente de um cometa e não sobraria ninguém para ver o resultado. De fato, o Cometa Halley voltou atingindo em 19 de maio sua aproximação máxima da Terra: Um menino de 7 anos que assistia ao espetáculo em Itabira, Minas Gerais e tendo se tornado poeta pode narrar com esplendor o susto que emudeceu paulistas, cariocas e demais brasileiros seus contemporâneos.

“No ar frio, o céu dourado baixou ao vale tornando irreais os contornos dos sobrados, da igreja, das montanhas. Saímos par a rua banhados de ouro, magníficos e esquecidos da morte que não houve. Nunca mais houve cometa igual, assim terrível, desdenhoso e belo”.

O nome do garoto era Carlos Drummond de Andrade. E foi assim nesse ano que, salvos do cometa, os moradores do Bom Retiro resolveram chamar a polícia para fechar o clube de futebol Botafogo cujas partidas eram realizadas num terreno baldio da rua José Paulino. Reclamavam das arruaças que aconteciam frequentemente ao final de cada jogo.
O pintor de paredes Antonio Pereira e quatro funcionários da São Paulo Railway, Joaquim Ambrósio, Carlos da Silva, Rafael Perrone e Anselmo Correia ficaram desconsolados. Como poderiam passar sem futebol de domingo, seu divertimento preferido depois de uma semana de trabalho duro? Inspirados pela vitória britânica do Corinthian Tean em um amistoso no Velódromo, os quatro amigos decidiram formar um clube. A primeira reunião aconteceu na noite de 1º de setembro, sob a luz de lampião a gás da mesma José Paulino.

No dia 14 daquele mês, vestindo o velho uniforme azul-e-branco do Botafogo e tendo acrescentado um “s” indevido no nome do time inspirador, o Sport Corinthians Paulista enfrentou o União. Apesar do placar de 1 a 0 a favor do adversário, o grupo não desanimou. A primeira vitória veio no segundo jogo contra a Atlética Lapa com placar de 5 a 0 ocasião em que o Corinthians usou pela primeira vez a camisa branca de gola e punhos pretos. Com essas cores participou do Campeonato Paulista de 1913 e se tornou um dos clubes mais populares do Brasil.

Críticas, elogios ou sugestões para este blog ou para a coluna "Boca no Trombone" do Jornal de Cerquilho escreva para respingos@uol.com.br
Até a próxima postagem. Fui!

Ah! "Do jeito que o Corinthians andou tremendo em decisões deveriam mudar de nome do estádio para "Parkinson Jorge".
Ah! Novamente. Desta vez para parabenizar a torcida corintiana (cerquilhense) que festejou o penta com dignidade. Não houve exagero de rojões. Crianças, idosos, doentes e animais agradecem. Civilidade já.

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